sexta-feira, 25 de julho de 2014

Morte de bebê em Cabo Frio causa revolta aos familiares

'Foi desrespeito ao ser humano', diz avó após morte de bebê em Cabo Frio

Simone Lemos disse que faltou atendimento e transporte para criança.
Secretaria de Saúde declarou que que houve negligência no caso.


A avó Simone Lemos esperou por nove meses e quatro dias para nascimento da neta, Talia. Mas na chegada ao Hospital Municipal da Mulher, em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, a espera foi ainda maior. Para Simone Lemos foi o motivo da morte da criança. Segundo ela, quando a nora deu entrada na unidade, no início da tarde da última segunda-feira (21), foi avisada de que precisava de uma cesariana com urgência, o que não aconteceu.
Na cabeça da avó, são muitas dúvidas. A certidão de nascimento e o atestado de óbito da criança marcam a mesma data e o mesmo horário, como se o bebê já tivesse nascido morto. Mas, segundo ela, Talia nasceu viva, mas com complicações. A avó chegou a tirar fotos com a criança e acariciá-la e pouco tempo depois encontrou a neta entubada.
Segundo a família da criança, depois que o bebê nasceu, os médicos disseram que ao bebê precisava ser transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) NeoNatal, porque teria engolido líquido da placenta. Houve dificuldade para conseguir uma vaga de internação e quando encontraram uma, em Niterói, não teriam conseguido transportá-la até lá por falta de ambulância. A mãe da criança, de 22 anos, permanece internada.
Em nota, a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde informou que a escolha pela cesariana foi feita por uma equipe médica depois de uma análise de trabalho de parto. Sobre a falta de UTI para recém-nascidos, a Secretaria disse que o Hospital da Mulher tem equipamentos para o atendimento até a transferência para outra unidade. Lembrou ainda que o sistema estadual de vagas é quem regula os transferências. A secretaria Estadual de Saúde informou que não teve nenhum pedido para atendimento da criança.

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